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Como serão as cidades do futuro?

Você já parou para pensar nas transformações que a sua cidade irá sofrer nas próximas décadas através do avanço tecnológico?




Segundo a Organização das Nações Unidas, até 2050 cerca de 6 bilhões (65% da população mundial) viverão em zonas urbanas, sendo essa tendência acentuada em países em desenvolvimento. Com a intensificação da urbanização, novos modelos de cidades começam a ser pensados, e, até mesmo aplicados pelo mundo.


As cidades do futuro não serão como muitos imaginam: uma imitação do conhecido desenho dos anos 80, “The Jetsons”, com seus carros voadores e empregadas domésticas robôs. As cidades do futuro estão mais voltadas ao planejamento de ideias sustentáveis e recursos democraticamente distribuídos. Com adventos como o aquecimento global e os desmatamentos desenfreados, as grandes potências mundiais, estão muito mais preocupadas em devolver os grandes pulmões verdes as cidades que respiram fumaça todo dia.

As smart cidades ou cidades inteligentes, tem como objetivo central implementar um novo sistema de governança urbana através de soluções tecnológicas de informação e comunicação, a fim de modernizar, acelerar e facilitar a gestão de seus serviços.


Uma das principais mudanças será em relação ao trânsito e utilização de transporte público, seja com a utilização de aplicativos para o transporte compartilhado ou mesmo a criação de novos instrumentos de transporte público ou modernização dos meios já existentes. A única certeza é que as cidades estão trabalhando fortemente para que os carros não sejam mais necessários, principalmente os que utilizam de combustível não degradável e quem vem enchendo ainda mais a atmosfera com seus gases nocivos a camada de ozônio e se tornando um risco grave a saúde da população. Um exemplo destas cidades é Helsinque (na foto), capital da Finlândia, que pretende, em até cerca de uma década, extinguir completamente a necessidade da utilização de carros como meio de transporte.


Outra mudança importante são as áreas verdes cada vez mais integradas as construções modernas, revigorando a arquitetura dos empreendimentos e trazendo ar limpo aos pulmões das cidades. Grandes projetos de praças, shoppings e prédios com cortinas verdes estão sendo apresentados pelo mundo, com o intuito de dividir espaço com áreas modernas, o verde se tornaria indispensável e significaria, mais que nunca, qualidade de vida à população.

A construção civil também terá de se readaptar a estes novos conceitos de cidade do futuro. Pesquisadores, engenheiros e cientistas já estão analisando a possibilidade de impressão em 3D de uma casa em barro. A organização World’s Advanced Saving Project (WASP), liderada por Massimo Moretti, desenvolveu uma técnica para criar casas de barro utilizando a tecnologia da impressão 3D. Inspirados pelo sistema construtivo das vespas, a ideia é desenvolver residências mais baratas pelo planeta, principalmente em locais em que existam recursos abundantes de terra.


Outras descobertas, como o grafeno, por exemplo, um material extremamente resistente e fino é uma das grandes promessas para avanço nas questões de economia de água e energia, vem revolucionando as técnicas construtivas e tornando os antigos processos mais obsoletos a cada dia.


“Essa realidade decorre de um modelo exaurido onde moradia, trabalho e lazer estão desconexos. No modelo do século 20, de crescimento com esgotamento, as cidades cresceram sem planejamento e ordenamento. Assim, estamos longe de ter metrópoles inteligentes e sustentáveis” explica o arquiteto e urbanista Carlos Freire, autor do livro Cidades Sustentáveis.


Esta nova maneira de pensar as cidades, vem de encontro também as novas necessidades de seus habitantes, que vem mudando drasticamente o estilo de vida, comportamento de consumo e até a sua maneira de ver o mundo e a sua participação dentro do sistema global: deixamos de viver dentro do egossistema para, de fato, começarmos a habitar o ecossistema ao nosso redor, compartilhando experiências e vida.

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